O Sol anda tímido. A chuva bebe-nos o prazer do sangue amante. A Primavera que nos encanta é o fervor do desencanto. O corpo dissolve-se no pranto de um sorriso molhado. Pergunto às palavras que não escrevo por onde andam as metáforas desta opacidade que deslumbra a realidade que sou incapaz de vestir. Sou um sinônimo de sobrevivência na sístole diária da fragilidade humana. Recuso a frigidez molecular, afinando o diapasão de um concerto sem ouvidos, sem lábios que lhe definam os pensamentos. Neste dia, sem diagnóstico, o paladar do gosto que me prova, é um caudal de labirintos onde perco o ritmo da lucidez. No entanto sou lúcido para me descobrir na vigilância do inconformismo tranquilo. Durmo aos solavancos, sonho sonhos de me sonhar vivo e transparente nas asas de uma semente matinal. Sou corpo são em mente sã.❞R Cresppo ☧
Bellaria, 14 de Maio de 2015. 14:46:24
por O Abre Aspas
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