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quarta-feira, 1 de março de 2017

Verdades Obsoletas - Hábito noturno

Hábito noturno
Agarro a noite com a raiva dos meus dentes
E caminho pela sua boca de tempo
Com botinas de silêncio.
Que procura o meu corpo?
Que encontra o meu olhar?
Que fome é esta que se regala em segredo?
Será o prazer desconhecido da tua língua amante
Lambendo os meus lábios de tédio?
Desconheço este vagar luminoso de um amor
Que se enrola nesta pele dormente
Com o prazer da coragem insensata
Enroscada em liberdades de tentação musculada.
Músculos de ternura,
Abraços de tentação
E um dilúvio de palavras doces
Sussurradas aos ouvidos deste amante inesperado.
Agarro a noite com o desespero da madrugada
E renuncio ao dia de todos os dias
Para me sagrar sagrado no poema do teu hábito noturno.❞R Cresppo ☧


Bellaria, 01 de Março de 2017. 20:51:12


por O Abre Aspas