A manhã é um verbo hesitante. A métrica é todo o tempo que o devora. Os seus olhos, perdidos na emancipação do dia, revelavam as carícias do seu segredo carnal. Verdes, como uma campina viçosa, as suas pupilas despertaram, em mim, uma súbita sociabilidade de tudo ser para que o seu corpo elegante, os seus lábios, rubros e sóbrios, se esmerassem em um sorriso acolhedor. A substância da vida é uma clara surpresa quando nos coloca diante de um momento festivo que pousa sobre a criação dos pensamentos e desabrocham no sentido estético de um olhar que me absolveu de todos os prantos que o silêncio consome. Acariciei o olhar, despi-me do seu brilho e, viajante urbano, viajei afetuoso.❞R Cresppo ☧
Bellaria, 20 de Janeiro de 2023 - 14:32:26
por Renato Cresppo
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