Resistir
não é uma fome qualquer
é sorrir
a um corpo de mulher
e a um poema que se escreve
para se cantar quem quer
nevar a arte da neve,
esculpir
na dureza do aço frio
o corpo da ternura,
o braço longo do rio
que escapa à mordedura
do porvir
lambendo a raiva suja
com a dor da saliva
que tudo enferruja
e, fértil, cativa
quem sentir,
na palavra que luta
contra a sua morte
no silêncio que se escuta,
o vento, voraz e forte,
que a derruba
e, ágil, aduba
quem ouvir
o prazer da sua tuba.❞R Cresppo ☧
por O Abre Aspas
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